23 de dezembro de 2016

100 Jogadores que podem marcar 2017 (51-100)


Chegou aquela altura do ano outra vez. Como fizemos para 2015 e 2016, decidimos olhar para o novo ano que se aproxima e prever/ adivinhar que jogadores poderão ter um 2017 especial por diversas razões. A centena que aqui reunimos não é nem pouco mais ou menos a lista daqueles que arriscamos virem a ser os 100 Melhores Jogadores de 2017; é sim uma selecção de jogadores que achamos que poderão dar o salto, proporcionar uma transferência marcante, desempenhar um papel determinante nas competições em que estão envolvidos ou, para os menos conhecidos, colocar o seu nome no mapa do futebol.
    Na última vez que realizámos este exercício, foram alguns os tiros certeiros. Grimaldo, Zivkovic e Jovic foram destacados antes de ingressarem no Benfica, referimos craques como Kanté, Marcos Alonso, Boufal, Stones, Gaitán e Nolito antes de proporcionarem transferências interessantes, Pogba e Higuaín antes de Manchester United e Juventus perderem a cabeça por eles, arriscámos que Payet poderia ser um dos trunfos de Deschamps no Euro e que Griezmann poderia marcar bastantes golos na mesma competição, patrocinámos a ascensão dos miúdos Renato Sanches, André Silva e Diogo Jota, e acreditámos no nascimento de José Gomes como profissional; pelo meio, acreditámos que estava na hora de elementos como Naby Keita e Sisto colocarem os seus nomes nas bocas do mundo e, claro, houve menções para Mahrez e Vardy na caminhada para o título que nunca ninguém esquecerá.
    2017 promete equilíbrio em vários campeonatos, e há ainda uma Taça das Confederações que servirá para parar os favoritos Portugal, Alemanha e Chile durante umas semanas. Não nos rendemos e não olhamos para o futebol como um negócio, mas é inevitável que quer já no defeso de Janeiro, quer no calor do Verão, os milhões circulem à grande e à francesa. A tendência tem sido um crescimento galopante, até a bolha rebentar.
    Hoje revelamos a metade inferior da tabela, do 100.º ao jogador número 51. Daqui a dois dias conhecerão o Top-50.

51. Marco Reus (Borussia Dortmund) - Pode até ser este o ano em que Reus muda de ares, mas torcemos para que continue em Dortmund junto daqueles adeptos sem igual. Para Reus, pedimos um 2017 sem lesões, porque o Futebol precisa dele todos os fins-de-semana. Depois de falhar o Mundial 2014 e o Euro 2016 por lesão, desejamos que Portugal tenha uma má notícia e que Reus não falhe as Confederações.

52. David Luiz (Chelsea) - O novo ano deve reforçar aquilo que a segunda metade de 2016 vincou - no 3-4-3 de Conte, David Luiz tem mostrado que é efectivamente um dos melhores do mundo na posição. Concentrado em defender, é provável que surja no XI do ano da Premier League em Maio.

53. Mahmoud Dahoud (Borussia Mönchengladbach) - Para quê adiar um namoro perfeito? Dahoud tem que ser orientado por Klopp, e a cidade dos Beatles só ganharia em contar com o perfume do atleta nascido na Síria.

54. Wilfried Zaha (Crystal Palace) - E se vos disséssemos que só Neymar consegue mais dribles por jogo do que Zaha?! 4,8 do brasileiro contra 4,4 do inglês que aparentemente decidiu representar a Costa do Marfim. A época de 2016/ 17 tem-nos mostrado que Zaha é de facto jogador, e no nível em que está cabe perfeitamente numa equipa de Top-8 em Inglaterra.

55. Kerem Demirbay (Hoffenheim) - O sucesso do Hoffenheim (5.º classificado da Bundesliga, única equipa sem derrotas na Europa para além do Real Madrid) muito se deve ao "achado" que foi Demirbay, que nunca se afirmou no Hamburgo. O camisola 13, uma das figuras desta Bundesliga 16/ 17, nasceu na Alemanha mas tem ascendência turca; a continuar como está, será chamado por Löw.

56. Kasper Dolberg (Ajax) - Tem algo de Laudrup, tem algo de Bergkamp. E tem apenas 19 anos. Este é daqueles que não vai apenas marcar 2017, mas sim a próxima década.

57. Wilfred Ndidi (Genk) - O Leicester perdeu Kanté, que continua líder agora no Chelsea, Mendy não convenceu para já, e Amartey não parece vir alguma vez a convencer. A solução pode passar por Ndidi - um dos poucos tanques que ainda pode ser contratado a baixo custo.

58. Adrien Silva (Sporting) - Se o Sporting for capaz de estar na luta pelo título até ao fim, muito ficará a dever ao seu melhor jogador e capitão, Adrien Silva. Deixá-lo sair, sobretudo em Janeiro, seria um erro sem preço.

59. Thiago Maia (Santos) - Um dos melhores jogadores jovens a actuar no Brasil tem rotação, intensidade e cultura para se adaptar rápido ao futebol europeu. Portugal não era uma má porta de entrada para o médio centro do "Peixe".

60. Mauricio Lemos (Las Palmas) - Numa fase em que quase só se olha para a qualidade ofensiva dos defesas centrais, o uruguaio do Las Palmas é um central que sabe realmente defender. Alegadamente pretendido por Barcelona e Everton, é um poço de entrega quase sempre intransponível. Chegou o momento de se pôr no mapa.

61. Bruma (Galatasaray) - Sair tão cedo do Sporting, ainda por cima para o Galatasaray, foi um erro; um erro que Bruma parece querer remediar com exibições de luxo umas atrás das outras. Na Turquia os adjectivos e elogios já são poucos, mas 2017 deve significar duas coisas: um novo desafio num clube ao nível do potencial do extremo português, e a estreia na Selecção AA.

62. Emil Forsberg (RB Leipzig) - Nos principais campeonatos europeus, só Kevin De Bruyne tem mais assistências do que o sueco que herdou o 10 de Zlatan. O futebol ofensivo do Leipzig passa muito pelos seus pés, ele que aos 25 anos é um irmão mais velho para os miúdos Keita, Werner, Poulsen, Burke, Selke, Sabitzer e Bernardo.

63. Gonçalo Guedes (Benfica) - O azar de alguns virou sorte para Guedes, que agarrou o lugar no 11 com unhas e dentes e tem crescido de jogo para jogo. Em 2017 pode ser uma das super-vendas dos encarnados, embora o melhor para ele seja mesmo continuar de águia ao peito a trilhar o seu caminho a segundo avançado.

64. Moussa Dembélé (Celtic) - Já esteve em Inglaterra mas, depois desta passagem pelo Celtic de Brendan Rodgers, hão-de ser doutra toada os clubes ingleses interessados nele. Nesta fase precisa de estabilidade, mas convinha estar num contexto de maior dificuldade do que o campeonato escocês.

65. Rúben Semedo (Sporting) - 2017 é ano de ser (finalmente) chamado por Fernando Santos. E não é impossível algum tubarão tentar retirá-lo de Alvalade.

66. Dwight Gayle (Newcastle) - Mal sabia Alan Pardew o que estava a dar ao seu anterior clube. Gayle desceu ao Championship e em 22 jogos marcou 17 golos, mais do que marcou pelo Crystal Palace em 64 jogos... O Newcastle há-de subir, e vocês vão querer ter Gayle no vosso Fantasy. 

67. Anthony Modeste (Colónia) - Com 28 anos no modesto (mas actual 7.º classificado) Colónia, Modeste só perde em golos para Aubameyang. Tarde demais para ir à Selecção e transferir-se para um clube médio-alto?

68. Ljubomir Fejsa (Benfica) - O sérvio-sempre-campeão é muito provavelmente o jogador mais importante do Benfica. Pelo menos, o único absolutamente insubstituível. Se o melhor trinco em Portugal estiver toda a época bem fisicamente, será muito difícil tirar o tetra às águias.

69. Serge Gnabry (Werder Bremen) - Profissional desde 2012, Gnabry libertou-se das amarras que o prendiam ao Arsenal e aos 21 anos encontrou no Werder Bremen o seu espaço de afirmação. Na estreia pela Mannschaft fez um hat-trick, e sinceramente é um daqueles casos que já não nos arriscamos a prever até onde poderá chegar. Pode surpreender.

70. Yacine Brahimi (Porto) - A melhor notícia na Invicta nos últimos tempos foi o renascimento de Brahimi. Com a CAN à porta, o argelino será uma baixa de peso em Janeiro (a Argélia deve chegar longe) mas voltará pronto para espalhar a sua magia nos relvados portugueses. Motivado e comprometido, é inequivocamente um dos melhores jogadores que por cá anda.

71. Giuliano (Zenit) - Na sua segunda oportunidade na Europa, Giuliano está a jogar muito e a reclamar um lugar na Canarinha. Na Liga Europa, ninguém jogou mais do que ele - 6 golos e 5 assistências; na Liga russa, a cada 2 jogos marca um golo. Na Rússia parece ser Promes versus Giuliano.

72. Memphis Depay (Manchester United) - É hora de dar um murro na mesa e rumar a outras paragens. O Everton parece estar próximo de garantir os red devils Depay e Schneiderlin, e com o compatriota Koeman o ex-PSV terá as condições perfeitas para explodir de vez. Basta querer.

73. Nicola Sansone (Villarreal) - O "submarino amarelo" não costuma vacilar na hora de contratar. Depois de 2 anos no Sassuolo, Sansone vive o melhor período da carreira e leva os mesmos golos que Griezmann, Aduriz e Carrasco.

74. Quincy Promes (Spartak Moscovo) - Tirem-no da Rússia, se faz favor. Tem características para ser destaque semanalmente em Inglaterra ou na Alemanha.

75. Lisandro López (Benfica) - Façam o seguinte raciocínio: se Lindelöf sair em Janeiro, acreditamos que a dupla preferencial de Rui Vitória será Jardel-Lisandro. O argentino, bastante tempo depois de ingressar no Benfica, terá a sua verdadeira oportunidade.

76. Malang Sarr (Nice) - O líder da Ligue 1 tem no seu onze titular um defesa central de apenas 17 anos. Como? Vejam-no jogar e perceberão o "monstro" (no bom sentido) que já ali está. Mais uma boa aposta de Favre.

77. Nicolae Stanciu (Anderlecht) - O nosso romeno preferido brilhou na Liga Europa, mas ainda não conseguiu afirmar-se como maestro dos belgas de modo regular. Caso o faça, não estará no país de Preud'homme por muito tempo.

78. Nicolai Jorgensen (Feyenoord) - O Feyenoord festeja o novo ano na liderança, e deve-o em parte ao goleador e gigante dinamarquês. Tem 12 golos em 16 jogos, é um ponta-de-lança à antiga e o principal candidato a Bota de Prata na Holanda.

79. Suso (AC Milan) - Vincenzo Montella está aos poucos a recuperar o velho ADN de um dos maiores emblemas do Velho Continente. Para já, Suso está a explodir (um pouco mais tarde do que se esperava) e Milão joga o que o espanhol joga.

80. Mattia Caldara (Atalanta) - Requinte e fino recorte italiano, um central mestre na antecipação, que não inventa e ameaça constantemente no jogo aéreo. As propostas hão-de surgir no Verão.

81. Idrissa Gueye (Everton) - Ninguém regista tantos desarmes por jogo (4,9) como o incansável médio dos toffees. O projecto de Koeman é a médio-prazo, mas o tampão já está descoberto.

82. Oliver Burke (RB Leipzig) - O Bale escocês está no clube e campeonato certos para crescer tudo o que pode. Se for destaque em 2017, será em excesso de velocidade.

83. Dmitri Poloz (Rostov) - O sensacional Rostov deu sequência ao seu conto de fadas leicesteriano e, num grupo da Champions com Bayern, Atlético e PSV conseguiu uma vitória e 2 empates, atirando os holandeses para fora da Europa. Poloz foi o porta-estandarte e ganhou mercado (tanto ele como Smolov, do Krasnodar, têm futebol para outro patamar).

84. Manuel Locatelli (AC Milan) | Lorenzo Pellegrini (Sassuolo) - Numa época em que a Itália se está a reinventar e procura novas referências, Locatelli (18 anos) e Pellegrini (20 anos) dão esperança à squadra azzurra.

85. Leon Bailey (Genk) - A Jamaica não é só Usain Bolt. Os adeptos do Genk sabem-no, e a Europa do Futebol não demorará a ter este nome na ponta da língua, jogue ele pela esquerda ou pela direita.

86. Conor Hourihane (Barnsley) - Jogador simples de processos simples (4 golos e 9 assistências no Championship). Com o devido respeito, o Barnsley é pequeno para o nível que este irlandês de 25 anos tem apresentado. 

87. Sebastián Driussi (River Plate) - Desconcertante, é um daqueles extremos que entusiasma. Tem golo, joga com os dois pés e ganha o flanco como poucos. Era bom um dos grandes tentar garanti-lo.

88. Alban Lafont (Toulouse) - Aos 17 anos é um dos guarda-redes titulares mais jovens nos principas campeonatos europeus. Donnarumma é doutra estirpe, mas tem em Toulouse um teenager amigo entre os postes.

89. Mikel Oyarzabal (Real Sociedad) - Um pé esquerdo que não engana. Real e Barça que comecem a preparar o livro de cheques, porque é aos grandes de Espanha que ele está destinado.

90. Davinson Sánchez e Jairo Riedewald (Ajax) - Numa fase em que não há assim tantos defesas centrais que se prespectivem como valores seguros para a próxima década, em Amesterdão moram dois. O holandês tem o handicap da altura, mas muita qualidade e critério a sair a jogar; já o colombiano, chegou ao Ajax e pegou de estaca no coração da defesa. 

91. Ludwig Augustinsson (Copenhaga) - O grupo do Leicester e do Porto serviu para confirmar Augustinsson como um dos mais promissores laterais-esquerdos da Europa. É bom demais para estar na Dinamarca.

92. Scott Hogan (Brentford) - A figura do Brentford continua a ser Alan Judge, mas Hogan tem tudo para despertar a cobiça de vários clubes da Premier League. O britânico tem-se fartado de marcar e faz lembrar o irlandês Shane Long. Mas tem tempo para chegar mais longe.

93. Anthony Knockaert (Brighton) - Não é preciso recuar muitos anos para ver um Leicester em que Knockaert parecia ter tanto ou mais talento do que Mahrez. O francês - que em 2013 falhou um penalty célebre que deu golo de Deeney (Watford) segundos depois do outro lado do campo - tem sido um dos grandes destaques do Championship e, se os actuais 2 favoritos (Newcastle e Brighton) subirem, tê-lo-emos na Premier na segunda metade do ano.

94. Alexander Isak (AIK) - Já foi associado ao Benfica, e chamam-lhe o novo Ibrahimovic. Com 17 anos e 1,90m deve proporcionar um bom leilão em 2017.

95. João Carvalho (Benfica) - Falámos sobre ele na edição do ano passado, mas mantemos a teimosia - é desta que o maestro se estreia pela equipa principal do clube da Luz. Pés de algodão, elegância e pormenores que não enganam. Rui Vitória dá oportunidades e as necessidades têm surgido para muitos - Pedro Rodrigues, Diogo Gonçalves, JP, Florentino, Gedson, João Félix, Pedro Álvaro, Filipe Soares e Heriberto estarão à espreita nos próximos anos.

96. Enes Ünal (Twente) - Numa Liga em que alguns dos melhores marcadores são jovens - Haller e Dolberg são outros exemplos - o turco Ünal tem crescido, emprestado pelo City. Assim continuará.

97. Simone Lo Faso (Palermo) - Depois de Dybala e Pastore, o Palermo tem novo projecto de jogador. Um embrião, desta vez italiano, com muito talento puro mas ainda um longo caminho pela frente. Pietro Pellegri, do Génova, é outro jogador-bebé a despontar na Serie A.

98. Moussa Marega (Vit. Guimarães) - Uma agradável surpresa na primeira metade da temporada 2016/ 17, mal-amado no Dragão virou ídolo na cidade-berço. É um dos melhores marcadores da Liga NOS, mas não deve ser resgatado pelo Porto. Ou continua em Guimarães a valorizar-se, ou permite aos azuis e brancos um bom encaixe.

99. Moise Kean (Juventus) - O sexto jogador mais novo de sempre a jogar na Champions - 16 anos e 267 dias - nasceu em 2000. Sim, leram bem, em 2000! Canhoto, filho de emigrantes costa-marfinenses, promete crescer e agarrar as oportunidades que Allegri lhe for dando.

100. Diogo Dalot (Porto) - O jovem lateral direito é um dos quatro Diogos (ele, Diogo Costa, Diogo Queirós e Diogo Leite) que podem marcar o futuro do Porto e da Selecção. Tem 17 anos mas já joga como gente grande. Os dragões têm Maxi, os emprestados Ricardo Pereira e Victor García vão brilhando fora da casa-mãe, mas dada a maturidade e consistência, não nos surpreende que chegue à equipa principal já este ano.

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