Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

30 de dezembro de 2015

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 79



Série: Orange is the New Black
Actriz: Taryn Manning

por Lorena Wildering


    “Orange Is The New Black” (OITNB) passa-se na prisão federal de Litchfield, no estado de Connecticut. É uma série com selo de qualidade Netflix e muito difícil de catalogar — foi a primeira a ser nomeada tanto para Emmy de Melhor Comédia como para Emmy de Melhor Drama. Esta bipolaridade não se verifica apenas na sua categorização. A palavra-chave de OITNB é simples: diversidade.
    OITNB conta com um dos elencos mais diversificados da televisão actual e faz por quebrar o tema tabu do momento a um nível que muito poucas outras séries conseguem. As personagens, 90% mulheres, acabam por dar destaque a esse mesmo tabu: incluem transexuais, homossexuais, passam pela ricaça e pela miúda das barracas, contam com todos os tipos de cor de pele e nacionalidades. Mulheres latinas, asiáticas, brancas, pretas, um misto de uma e de outra; há cá de tudo. Há mães, filhas, avós, tias, sobrinhas, cunhadas, sogras, namoradas, esposas e amantes — tudo para quebrar as barreiras da sociedade e de Hollywood (algo que o Netflix tem feito muito bem).

    A história começa com Piper Chapman (Taylor Schilling), mas não é uma série que destaque uma só protagonista; Piper é apenas uma peça deste gigante puzzle. Entre uma da grande variedade de personagens, aparece Pennsatucky (Taryn Manning). Quando a conhecemos na primeira temporada, não passava de uma ex-viciada em metanfetamina, meia desdentada (e a outra metade não nas melhores condições), homofóbica, intolerante e dedicada à palavra de Jesus, seu salvador.
    Ao longo das três temporadas que já estrearam, ficamos a conhecer o passado de cada presa através de flashbacks que vão intercalando com a vida na prisão. Cada um permite-nos conhecer melhor quem são estas mulheres e como foram parar a Litchfield e, na maior parte das vezes, passamos a sentir pena em vez da primeira irritação ou indiferença. Pennsatucky não é excepção. Aliás, é, muito provavelmente, a personagem que sofreu um desenvolvimento tão drástico e que mais tem criado um crescente impacto positivo.

    Só na mais recente 3ª temporada é que passamos a conhecer o passado de Pennsatucky. Antes de ser conhecida dessa forma, era Tiffany Doggett. Quando aos 10 anos lhe aparece a primeira menstruação, a primeira reacção da mãe foi adverti-la de que o sexo era como uma picada de abelha e que os homens esperariam isso dela. Esta mãe, que a enchia de bebidas energéticas e café para simular que sofria de déficit de atenção para receber um subsídio estatal, formou uma mulher ingénua e sensível que não percebe o conceito de amor (próprio) e auto-estima. Para Tiffany, o sexo era um meio para arranjar Mountain Dew ou cerveja sem pagar.
    Quando finalmente conhece um rapaz que a trata bem e com respeito, Tiffany demora a compreender o facto de que existem maneiras de receber prazer e poder ser amada por alguém. Os dois acabam por perder o contacto e, mais tarde, Tiffany é presa por ter apontado uma arma a uma enfermeira enquanto ia realizar o seu quinto aborto.
    Quando o novo guarda de Litchfield lhe mostra uma atenção especial, Tiffany sente-se lisonjeada à primeira. Este assegura-lhe de que sente realmente algo por ela, mas acaba por tomar proveito e violá-la em plena prisão. É um episódio que termina com Tiffany calada, de lágrimas a escorrerem-lhe pela face, e com o nosso coração partido.

    Esta temporada serviu para humanizar Pennsatucky, uma mulher influenciada por uma mãe ignorante. Chega a parecer injusto continuar a tratá-la por esse nome. É Tiffany, uma mulher agora mais tolerante (chega a formar uma forte amizade com uma das presas lésbicas, que a defende com unhas e dentes) e afável perante quem a vê. Todas estas mulheres merecem uma ovação de pé pelas interpretações que atribuem a estas personagens, mulheres essas que até há três anos eram desconhecidas aos olhos do público. É real, é honesto, é qualidade Netflix ao melhor nível.                                                                                                                                                        

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

29 de dezembro de 2015

Crítica: Carol

A CAMINHO DOS ÓSCARES 2016
Realizador: Todd Haynes
Argumento: Phyllis Nagy, Patricia Highsmith
Elenco: Rooney Mara, Cate Blanchett, Kyle Chandler, Sarah Paulson
Classificação IMDb: 7.2 | Metascore: 95 | RottenTomatoes: 94%
Classificação Barba Por Fazer: 74

    Nomeado para 5 Golden Globes (Melhor Drama, Realizador, Banda Sonora Original e duas nomeações para Melhor Actriz), 'Carol' está na rota dos próximos Óscares, apoiado pelos desempenhos das protagonistas Rooney Mara e Cate Blanchett. Esta adaptação para argumento de Phyllis Nagy, inspirada na obra literária de Patricia Highsmith "The Price of Salt", tem sido incrivelmente bem recebida pela Crítica, embora seja mais um exemplo - tal como 'The Danish Girl' ou 'Joy', esses mais fracos - de um filme a que faltam alguns elementos e mais sumo, embora conte com um par de interpretações que merece os elogios recentes.
    'Carol' conta uma história de amor fugaz e instintiva entre duas mulheres. Nos anos 50, Therese Belivet (Rooney Mara) é uma aspirante a fotógrafa que trabalha no departamento de brinquedos de uma loja em Manhattan, enquanto que Carol Aird (Cate Blanchett) é uma mulher mais madura, a atravessar um divórcio enquanto luta pela custódia da sua filha com o marido Harge (Kyle Chandler). Ao longo de praticamente duas horas, acompanhamos as etapas da relação de Therese e Carol, a fuga de ambas para longe de tudo, e o regresso à realidade.
    De certa forma, o fascínio de Therese por Carol parece reproduzir a admiração de Rooney Mara pelo trabalho e carreira de Blanchett como actriz, e o melhor de 'Carol' acabam por ser os silêncios preenchidos pela elegância e sedução de presa (Therese) e predadora (Carol).
    É um filme de época, onde de certa forma tudo parece acontecer rápido demais, e que fica representado da melhor maneira no primeiro olhar que as protagonistas trocam no meio de uma multidão. 'Carol' é um romance - que há alguns anos atrás seria considerado tão ousado como 'Brokeback Mountain' -, elegante na forma (a Fotografia de Edward Lachman e a banda sonora de Carter Burwell contribuem para isso), que segue em ritmo lento enquanto as duas personagens se estudam mutuamente.
    A escolha de Cate Blanchett como Carol Aird faz o filme, pela classe que a actriz australiana emana, difícil de igualar nos dias de hoje, servindo a dominante Carol da melhor forma. No entanto, o desempenho de Rooney Mara (substituiu Mia Wasikowska como Therese) é tão bom ou melhor que o de Blanchett. É curioso que a The Weinstein Company tenha procurado fazer campanha colocando Blanchett como actriz principal e Rooney Mara como actriz secundária, uma vez que este é um daqueles casos em que há declaradamente duas protagonistas, e no qual é inconcebível Mara ser considerada coadjuvante.
    Com os nomeados dos Óscares a serem anunciados no dia 14 de Janeiro, 'Carol' pode ser um papa-nomeações. Embora não deva figurar nas nossas preferências do ano, é a cara da Academia, e se coleccionar um conjunto de sensivelmente 8 nomeações não será surpresa. Melhor Filme, Actriz (uma delas há-de lá estar, podem estar ambas, ou Rooney Mara ser considerada secundária como já o foi em alguns prémios), Argumento Adaptado, Banda Sonora, Fotografia, Guarda-Roupa, Design de Produção e eventualmente Realizador são algumas das categorias em que 'Carol' pode acalentar ambições.

    O melhor de 'Carol' é a comunicação não-verbal de Blanchett e Mara, num ano em que actores como Leonardo DiCaprio e Eddie Redmayne (este último, novamente) se serviram muitas das vezes mais do corpo, do olhar, dos gestos para nos dizer e fazer sentir algo. 'Carol' não é incrível mas consegue transmitir no último sorriso e no último olhar a sensação de duas personagens que não sabem o que vem depois, mas nunca esquecerão o que já viveram, que sabem o que ficou por dizer, e revisitam tudo o que já disseram.

100 Jogadores que podem marcar 2016 (1-50)


Há 2 dias divulgámos com a ajuda do bruxo Alexandrino 50 jogadores que poderão ter alto impacto no planeta Futebol no ano que se aproxima. Um impacto que se poderá dever à performance, ao facto de serem potenciais alvos de transferência, em Janeiro ou no Verão, ao facto de serem promessas à beira de dar os primeiros passos, ou jogadores que terão um ano de afirmação.

A ordem nem é o mais importante, o que interessa é que todos eles estejam cá por um motivo. Assim, este é o nosso Top-50 para 2016.

1. MSN - Lionel Messi, Luis Suárez, Neymar (Barcelona) - O primeiro lugar para o trio mais arrasador da actualidade. O tridente fantástico do Barcelona quer renovar títulos, conquistando a La Liga e a Champions. Depois, é cada um por si na tentativa de tirar a Copa América ao Chile.

2. Cristiano Ronaldo (Real Madrid) - Como não mencionar Cristiano Ronaldo quando tudo parece alinhar-se para abandonar Madrid no Verão!? Irá o capitão português para Inglaterra, ou privilegiará um mais provável e seguro ingresso no PSG? A decisão de Ronaldo influenciará todo o defeso - o Real cairá na tendência de comprar nova superstar, e é questionável a compatibilidade/ gestão de egos de Ronaldo e Zlatan Ibrahimovic (termina contrato em Junho, podendo aventurar-se em Inglaterra ou na Alemanha).

3. Robert Lewandowski (Bayern Munique) - Saindo Ronaldo de Madrid, quem melhor que um jogador como o polaco (ou Agüero, ou Pogba, ou dois destes três) para ser o novo galáctico de Florentino? Antes disso há muitos golos para marcar, e uma Polónia para carregar às costas.

4. Pierre-Emerick Aubameyang (Borussia Dortmund) - Com 18 golos em 17 jogos na Bundesliga, o batman Aubameyang não ficará em Dortmund muito tempo. O pacto com o amigo Reus pode fazê-los abandonar o clube no Verão mas, sendo o Borussia um clube único, a lógica não escreve as páginas que o coração pode escrever. Auba, Reus e o arménio Mkhitaryan não parecem ter armas para ombrear com o Bayern, mas estão a recolocar o clube na rota da Champions. De saídas trata-se depois.

5. Thomas Müller (Bayern Munique) - Falamos de Müller não tanto pelo clube, no qual é regularmente incrível, mas sim pela Mannschaft. É especialista em Mundiais, mas no Europeu terá que ser forçosamente um dos principais favoritos para a Bota de Ouro.

6. Douglas Costa (Bayern Munique) - Continuando como está, começará a ser frequentemente considerado um dos 10/ 15 melhores do mundo. Na Champions, é um dos ases de uma equipa que divide favoritismo com o campeão em título Barcelona. No Verão, caberá a Dunga conciliar Neymar e Douglas Costa no mesmo onze.

7. Paul Pogba (Juventus) - O Euro-2016 é o palco perfeito para Pogba, potenciando uma das maiores transferências no próximo Verão. Foi Golden Boy em 2013, foi o Melhor Jogador Jovem no Mundial 2014. Próximo passo? Tem a palavra o francês. 

8. Ángel Di María (PSG) - Para o bem do futebol, Di María abandonou Manchester e van Gaal, e reencontrou-se em Paris. O argentino pode ditar diferenças no trajecto europeu do PSG, e será ouro sobre azul para Messi poder contar na Copa América, desta vez, com um Di María motivado e vindo de uma grande época.

9. Riyad Mahrez (Leicester City) - O MVP da Premier League em 2015/ 16. Tendo 24 anos, os gigantes ingleses darão mais por ele do que por Vardy. O raciocínio é o mesmo que em relação a Vardy (22): conseguirá o Leicester segurá-lo? Seguirá Mahrez neste nível assombroso, quer no King Power Stadium quer num estádio vizinho?

10. Antoine Griezmann (Atlético Madrid) - Quer haja Benzema quer não, o irrequieto Griezmann é um dos potenciais destaques do Euro. Dadas as suas movimentações, e o menor medo dos adversários em relação a ele, pode atingir números inesperados. E, tal como Pogba, pode potenciar loucuras.

11. Kevin De Bruyne (Manchester City) - O craque do Manchester City, um dos 5 melhores do mundo no ano civil de 2015, teria que ser destaque na Premier, juntamente com Agüero e Silva, caso o City conquiste o campeonato. Mas temos curiosidade para o que vem depois: o seu rendimento no Euro-2016 e, principalmente, o começo de 2016/ 17, porque se Guardiola for o novo treinador dos citizens, já ninguém pára De Bruyne.

12. Alex Teixeira (Shakhtar Donetsk) - Willian e Douglas Costa foram casos recentes de jogadores que, depois de Donetsk, compensaram cada euro gasto. Alex Teixeira é o próximo.

13. Mesut Özil (Arsenal) - Que sensação é ver o mago Özil a espalhar magia numa série interminável de jogos. A probabilidade de ultrapassar o recorde de assistências de Thierry Henry na Premier League é altíssima; e deve chegar a França com a confiança em alta e bastantes expectativas sobre ele.

14. Nolito (Celta Vigo) - Desperdiçado na Luz, o extremo-esquerdo do Celta já não estará em Vigo no final de Janeiro. Dar-se-á o mais-que-provável regresso ao Barça? Ou iremos ter alguma surpresa (o Arsenal está, alegadamente, interessado)?

15. Renato Sanches (Benfica) - Com 18 anos o miúdo-maravilha da Musgueira já é o motor de jogo do Benfica. Poço de força e garra, fonte de energia e aceleração. Certamente daria gosto ao Monstro Sagrado Mário Coluna vê-lo jogar. Os benfiquistas rezarão para que fique muito tempo, e faz sentido perguntar: conseguirá Fernando Santos ignorar o motor do Benfica, cuja tendência será evoluir nos próximos meses? 

16. Gonzalo Higuaín (Nápoles) - Pipita Higuaín caminha isolado para se sagrar Melhor Marcador da Serie A, e tem sido o jogador mais valioso da liga italiana. A luta pelo título parece ser a cinco, e poderá ser o argentino a fazer a diferença.

17. Dele Alli (Tottenham) - Aquele que Steven Gerrard diz ser um médio melhor do que ele era com a mesma idade poderá ser, para nós, um dos jogadores que mais crescerá no novo ano.

18. John Stones (Everton) - No Verão os grandes ingleses estavam loucos com ele. Entretanto, Stones tem estado impressionante, dando razão a quem estava disposto a perder a cabeça por ele (por números, ainda assim, exagerados). Deve ser um dos 4 centrais ingleses no Euro, e não deve continuar no Everton em 2016/ 17.

19. Rúben Neves (Porto) - Lopetegui já cometeu muitos erros no Dragão. Mas a aposta em Rúben Neves e a coragem de lhe entregar a braçadeira de capitão em vários momentos certamente não estão em causa. O médio do Porto pode ser o benjamim (e Renato Sanches?) dos 23 portugueses à conquista de França, e o Porto acabará por a médio-prazo realizar um super-encaixe com ele. 

20. Anthony Martial (Manchester United) - Em 2015 tornou-se o teenager mais caro da História do Futebol. No novo ano, e considerando a apetência de Martial para aparecer nos grandes momentos e atrair para si as atenções nos palcos decisivos, pode muito bem ser o 12.º jogador da França no europeu caseiro. Aquele que entra, e decide. É bom ver nele um bocadinho de Henry.

21. Sebastian Giovinco (Toronto) - Acima de qualquer outro jogador no momento na MLS, Giovinco (28 anos) pode ainda fazer um último contrato com um grande europeu.

22. Jamie Vardy (Leicester City) - Que destino para o recordista de jogos consecutivos a marcar na História da Premier League? O electrizante avançado inglês, à beira de completar 29 anos, pode transferir-se para um grande inglês, ou ficar até final da época e tentar completar um grande conto de fadas.

23. Gareth Bale (Real Madrid) - Imaginando que CR7 abandona Madrid, tornar-se-á Bale o rosto mediático dos merengues? Independentemente disso, a grande questão de 2016 é ver como Gareth Bale consegue carregar o seu País de Gales na fase de grupos.

24. Philippe Coutinho (Liverpool) - Quanto maior for o tempo a trabalhar com Klopp, mais encantado será o futebol do criativo dos reds. No Verão, pode ser uma das figuras do Brasil.

25. Paulo Dybala (Juventus) - O péssimo arranque da Juventus na Serie A coincidiu com o período de adaptação do craque argentino. Rapidamente assumiu as despesas do ataque da Juve e, sendo já decisivo na manobra ofensiva, poderá merecer o voto de confiança e um bilhete para a Copa América. O problema é "apenas" a (muita) concorrência.

26. Blaise Matuidi (PSG) - Se há coisa que o Euro-2016 poderá fazer, é levar o mundo a render-se perante Matuidi. Especialmente num cenário em que Benzema não faça parte das escolhas, vários jogadores terão que sair da sombra. Matuidi será um deles.

27. Gerson (Fluminense) - A transferência para o Barcelona ficou em águas de bacalhau no Verão passado. Se os blaugrana não avançarem, alguém o fará. O Flu fica a perder, mas a Europa merece contar com o fantasista Gerson.

28. Romelu Lukaku (Everton) - É um dos candidatos a Melhor Marcador da Premier League. E com Origi e Benteke muito longe da melhor forma parece garantido que será ele o avançado da Bélgica, selecção para a qual as expectativas são altas.

29. Isco (Real Madrid) - Em Itália e Inglaterra há quem queira um jogador que poderia ser a figura de muitas equipas, mas que acaba muitas vezes relegado para o banco em Madrid. 

30. Jérôme Boateng (Bayern Munique) - De central errático e pouco confiante a um dos melhores do mundo na sua posição actualmente. O novo ano deve ficar marcado pela afirmação da sua qualidade, tanto pelo clube como pela selecção.

31. Bernardo Silva (Mónaco) - Acreditamos que este ano signifique o salto do Mónaco para um clube de nomeada. Apostamos nele para ser uma das figuras da campanha de Portugal no Euro-2016, garantindo aí a sua transferência. Não dêem a camisola 10 ao Danny, dêem-lhe a ele.

32. Nico Gaitán (Benfica) - A continuidade daquele que tem sido o Melhor Jogador da Liga NOS 15/ 16 até à data é fulcral para as ambições internas e europeias do Benfica. Quando o mercado de Janeiro fechar, os adeptos poderão dormir novamente sossegados e parece-nos ser ele o principal candidato a MVP do nosso campeonato.

33. Lorenzo Insigne (Nápoles) - O magnífico campeonato do Nápoles deve-se ao trabalho de Sarri, aos golos de Higuaín mas também ao génio de Insigne. Leva 7 golos e 5 assistências e parece ter acordado de vez para a alta competição. É para continuar.

34. André Carrillo (Sporting) - Vem aí a decisão do peruano. Para onde vai la culebra?

35. Julian Weigl (Borussia Dortmund) - Um dos jogadores da era Tuchel engana pela maturidade. Tem 20 anos, mas parece ter 28.

36. Sergi Roberto (Barcelona) - Um dos most improved players de 2015 promete continuar a provar que afinal é mesmo jogador à Barça. Conquistou o seu espaço, e não o vai perder.

37. David De Gea (Manchester United) - O ano de De Gea reduz-se a duas dúvidas. Primeiro, quer seja van Gaal quer seja um novo técnico (Mourinho?) o United não quererá perdê-lo, ignorando a troca De Gea-Navas que esteve em vias de acontecer. De qualquer forma, resta ainda saber se em França é ele o escolhido de Del Bosque, ou se Casillas continua de pedra e cal.

38. Héctor Bellerín (Arsenal) - Não parece, por jogar já num nível altíssimo, mas tem apenas 20 anos. Parece-nos que já se justifica uma ida à Selecção espanhola.

39. Ross Barkley (Everton) - O potente médio ofensivo dos toffees segue embalado para a melhor época da carreira, e procurará coroá-la com um lugar no 11 inglês.

40. Kingsley Coman (Bayern Munique) - Nem a saída de Guardiola deve estancar a evolução galopante do prodígio francês. O rapaz que aos 19 anos já jogou no PSG, Juventus e Bayern prosseguirá a seu crescimento na Baviera, e pode ser o 23.º jogador de Deschamps.

41. N'Golo Kanté (Leicester City) - Mahrez e Vardy ficam com os louros, merecidos, da boa campanha do Leicester; mas o silencioso e omnipresente Kanté é peça-chave. Vê-se nele Makelele, vê-se nele Matuidi. Vê-se nele um pequeno grande jogador que o mundo irá progressivamente respeitar e admirar mais com o passar dos meses.

42. Marcos Alonso (Fiorentina) - Um dos obreiros do excelente campeonato da Fiorentina de Paulo Sousa, termina contrato em Junho. Fica em Florença ou motiva uma guerra ao longo de toda a Europa por si?

43. Birkir Bjarnason (Basel) - Numa Islândia - adversária de Portugal no Grupo F - homogénea e que sabe o sentido da palavra "equipa", Bjarnason é um dos nomes a ter em conta. Não é espampanante, mas enche o campo. Jogo após jogo. 

44. Chris Smalling (Manchester United) - Há poucos anos era um patinho feio que não dava garantias. Mantendo-se como tem estado, no final desta época será considerado um dos melhores centrais em Inglaterra, e titular indiscutível do esquema de Roy Hodgson.

45. Marko Grujic (Estrela Vermelha) - Aparentemente em vias de reforçar o Liverpool de Klopp, Grujic encaixaria que nem uma luva no clube de Anfield e nas ideias do técnico alemão. Oxalá a transferência se concretize.

46. Serge Aurier (PSG) - O passeio do PSG na Ligue 1 tem Ibrahimovic, Di María e Cavani como personagens principais. No entanto, a segunda metade da época ajudou Aurier a cimentar a sua importância na equipa, e por certo continuará a remar nesse sentido.

47. Andrija Zivkovic (Partizan) - Parece difícil, mas não impossível, a chegada a Portugal de um dos Sub-20 mais fascinantes da actualidade. É garantido que não fica muito mais tempo em Belgrado. 

48. Nemanja Gudelj (Ajax) - Os últimos tempos têm colocado nas bocas do mundo os holandeses Bazoer ou Riedewald, mas o histórico de Amesterdão tem tido, nesta Eredivisie, no sérvio Gudelj uma das suas figuras. Corresponde ao potencial de quem já o acompanhava no AZ.

49. Emanuel Mammana (River Plate) - Qualquer um dos 3 grandes portugueses ganhava em adquirir Mammana para o centro da sua defesa. É apanhá-lo antes do preço disparar.

50. Jonas Hector (Köln) - Caso Löw jogue com um lateral-esquerdo puro e não com um central adaptado, Hector é forte candidato a ser titular no Euro-2016 numa das duas selecções favoritas à conquista do torneio.

28 de dezembro de 2015

Crítica: Spotlight

A CAMINHO DOS ÓSCARES 2016
Realizador: Tom McCarthy
Argumento: Josh Singer, Tom McCarthy
Elenco: Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel McAdams, Liev Schreiber, Brian d'Arcy James, John Slattery, Stanley Tucci
Classificação IMDb: 8.1 | Metascore: 93 | RottenTomatoes: 96%
Classificação Barba Por Fazer: 80

    De tempos a tempos aparece um filme no Cinema que aspira a mudar a percepção da sociedade sobre as coisas. 'Spotlight' é um desses casos.
    Dado como o mais provável vencedor do Óscar de Melhor Filme em 2016, o novo filme de Tom McCarthy tem vários pontos fortes: sem ser um thriller asfixiante à David Fincher, consegue manter o espectador interessado e faz dele quase um membro do elenco, mais um na investigação; depois, e embora os Óscares muitas vezes tendam para premiar ou valorizar o filme que "dá jeito naquele momento", 'Spotlight' seria sempre bom, qualquer que fosse o ano de lançamento; e, por fim, o equilíbrio do elenco - Mark Ruffalo destaca-se mas nota-se o compromisso de todos os actores com o projecto, respeitando o espaço dos outros e querendo fazer o resultado final sobressair, e não tanto a individualidade. Reunir nomes como Ruffalo, Keaton, Rachel McAdams, Liev Schreiber ou Stanley Tucci ajuda, claramente.
    'Spotlight' foca-se na Spotlight Team do jornal The Boston Globe, que arrecadou o Pulitzer por Serviço Público em 2003 graças ao seu extenso trabalho de investigação capaz de comprovar e denunciar inúmeros casos de abuso de crianças por parte de padres católicos, bem como o esquema de "protecção" a estes.
    O recém-chegado editor chefe Marty Baron (Liev Schreiber), achando que pode haver história por detrás de um pequeno artigo no qual um advogado afirmou que a Igreja local sabia que um padre era pedófilo e nada fez, orienta a sua melhor equipa de investigação para aprofundar o caso. Liderada por Walter "Bobby" Robinson (Michael Keaton), a Spotlight composta ainda por Michael Rezendes (Mark Ruffalo), Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams) e Matt Carroll (Brian d'Arcy James) faz da investigação o centro absoluto das suas vidas, e quando começa a detectar um padrão e a compreender a amplitude/ escala do caso, não pára até ter o material certo (documentos, testemunhas) para tornar a história pública, e ver justiça ser feita.
 
    É peculiar que Tom McCarthy passe no espaço de um ano de um filme como 'The Cobbler' para um potencial filme vencedor de óscar (nomeado garantido, pelo menos), e uma das melhores sensações de 'Spotlight' é transmitir de certa forma uma aura semelhante à que a série 'The Wire', da qual McCarthy fez parte como actor, tinha. O argumento está irrepreensível - tudo o que lá está, marca presença por um motivo, nada está a mais, e denota uma vasta investigação na sua construção -, o filme mantém o ritmo certo de uma ponta à outra, e é positiva a forma como trabalha uma história de heróis, sem que eles nunca façam transparecer que o são, mas que estão sim a fazer o que é certo. 'Spotlight' é, sem exageros (e conscientes nós de que vivemos na Era do 8 e do 80, embora aqui no BPF sejamos ponderados e procuremos ser justos) um dos melhores filmes sobre jornalismo.
    Podendo ser nomeado para algo como 5 ou 7 óscares, é de esperar que marque presença em várias categorias fortes (Melhor Filme, Realizador, Argumento Original, e logo se verá se consegue uma ou duas nomeações nos desempenhos secundários). É curioso verificar que Michael Keaton poderá fazer parte do elenco de dois vencedores consecutivos do óscar principal, escolhendo o projecto certo depois de 'Birdman'; mas embora em termos de interpretações o nível seja alto pautando pela qualidade, acaba por ser Mark Ruffalo quem sobressai na pele de Mike Rezendes. Em termos de nomeações o problema pode ser quem vota não saber quem é principal/ secundário, porque na realidade todos assumem um papel secundário, em respeito da história, honrando o Jornalismo, pelo que Keaton e Ruffalo podem anular-se entre si, enquanto que Rachel McAdams acaba por ter a vida mais facilitada em parte. A haver nomeações de actores serão, portanto, uma ou duas entre Ruffalo, Keaton e McAdams, pese embora o contributo de Liev Schreiber e Stanley Tucci para o filme seja muito bom.

    Assim é 'Spotlight', espelho do mundo do jornalismo e da procura da verdade. É a história que tinha que ser contada sobre quem teve coragem e não fechou os olhos ou olhou para o lado como muitos outros.

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 80



Série: The Sopranos
Actor: Michael Imperioli


por Nuno Cunha

    Consta que durante a audição de Michael Imperioli para o papel de Christopher Moltisanti o criador e realizador da série David Chase passou grande parte do tempo a dar indicações e orientações ao ator. Perante este cenário, Imperioli não achou que o feedback fosse positivo e, por isso, não teve grandes esperanças em ficar com o papel. Mas a verdade é que Chase enganou bem Imperioli (qual mestre do Poker), acabando por lhe ligar poucos dias depois para oferecer o tão desejado papel. Depois de ter participado em Goodfellas, um dos maiores clássicos de sempre do cinema sobre a máfia, Imperioli aventurava-se agora numa série de televisão sobre o mesmo tema, mas com uma participação muito mais importante.
    Conhecido como o protegido do grande mestre do crime organizado Tony Soprano (interpretado pelo falecido James Gandolfini) Chris era Capo da família Soprano, uma espécie de capitão na hierarquia militar. Ao longo da série Tony refere-se a Chris como o seu sobrinho, apesar de tecnicamente até serem primos. Isto acontece porque Tony acaba por ocupar o lugar de figura paternal que Chris deixou de ter em criança depois de perder o pai Dickie Moltisanti, de quem Tony era muito próximo. Esta ligação faz de Chris o homem de confiança de Tony, a quem este recorre para resolver as tarefas mais sensíveis que fazem parte do dia-a-dia de uma família da máfia, como enterrar corpos ou encomendar mortes de chefes de outras famílias, por exemplo.
    Para além da adoração ao mentor Tony, Chris caracteriza-se por ser um homem impulsivo, volátil, com um sentido de humor apurado, irresponsável no que toca à gestão do negócio e que raramente chega a horas a uma reunião. Tinha o sonho de escrever o guião para um filme de Hollywood e é difícil não ser visto com o fato de treino da FILA vestido. Abusa do consumo de álcool e de drogas, pondo em causa o sucesso dos negócios da família e sendo frequentemente obrigado a pedir desculpa ao seu mentor Tony. “I’m sorry, T!” é, muito provavelmente, a expressão mais utilizada por Chris durante todas as temporadas de The Sopranos. Defeitos à parte, se há acusação que não se pode fazer a Moltisanti é a de não ser leal à família. E, atenção, que esta é bem capaz de ser a característica mais apreciada no mundo da máfia. O melhor exemplo da lealdade de Chris à família Soprano é o momento em que descobre que a sua noiva Adriana é informante do FBI. Adriana tenta, sem sucesso, convencer Moltisanti a entrar no programa de proteção de testemunhas, mas acaba por ser denunciada por este e assassinada a mando de Tony.

    Numa das cenas mais marcantes de Goodfellas Tommy DeVito mata o empregado do restaurante Spider por não gostar da sua insubordinação e, no fundo, para mostrar quem manda ali. Logo no primeiro episódio de The Sopranos o Spider de Goodfellas tem uma espécie de vingança. Desta vez a cena não é tão dramática, acabando com Chris Moltisanti a pôr um jovem empregado no seu lugar, que queria deixar passar o velho esquema a que assistimos nos cafés/supermercados do “vou só ali fora mas estou na fila”. Ah, o castigo foi um tiro no pé. “It happens”.

    A determinado momento da história de The Sopranos, Tony vê em Chris o futuro líder da família no século XXI. E tudo apontava para que isso acontecesse. Desde o miúdo irresponsável e imaturo que assaltava autocarros de mercadorias e que sonhava fazer de si próprio num filme, até chegar a Capo da família Soprano e afirmar-se como um realizador conceituado, longo foi o crescimento de Chris na família. No entanto, velhos hábitos custam a morrer e não é de todo surpreendente que o álcool e a droga viessem a atraiçoar Moltisanti. Mas se há traições que de alguma forma são previsíveis, há outras que conseguem deixar todos de boca aberta de espanto…
                                                                                                                                                     

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

27 de dezembro de 2015

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 19

Apenas 48 horas depois do Boxing Day, mais futebol em Inglaterra. A última jornada da primeira volta da Premier League divide-se entre os dias 28, 29 e 30.
    Muita atenção a alguns pontos desta Jornada 19. Com tantos jogos em tão poucos dias, é provável que haja rotação em várias equipas, surpresas que não estamos à espera. Por isso mesmo, é uma jornada em que não se aconselha a utilização do Bench Boost - uma vez que se poderia revelar um desperdício -, embora seja importante terem o 1.º suplente ou mesmo dois jogadores do banco com perspectivas de pontos, porque pode dar-se o caso de entrarem.
    O Manchester City, por exemplo, geriu Agüero na jornada anterior. Uma opção que tramou alguns utilizares, embora inteligente na medida em que o Sunderland era um adversário acessível, guardando assim Kun para o embate com o Leicester. Ignorando a sobrecarga física e algumas lesões musculares que impeçam um ou outro jogador, a única equipa que à priori parece capaz de gerir é o Arsenal. Os gunners recebem o Bournemouth e têm plantel para proporcionar uma ou duas alterações no onze - depois de muitas trocas e lesões, o 11 que o Arsenal apresentou em casa do Southampton foi o mesmo pelo 4.º jogo consecutivo. No entanto, a derrota por 4-0 na última jornada retirou qualquer margem ao Arsenal, que quererá dar uma boa resposta. Özil, que poderia estar em vias de ser poupado, talvez já não o seja.
    Nesta jornada oito jogos disputam-se amanhã (o grande destaque em termos mediáticos é o Manchester United-Chelsea, embora ambos atravessem um mau momento, e há outros jogos apelativos como o Everton-Stoke, Watford-Tottenham e West Ham-Southampton). No dia 30 o Liverpool visita o Sunderland no último jogo da BPL em 2015 mas, antes disso, a 29 joga-se o espectacular Leicester City-Manchester City. Grandes expectativas para um jogo que ditará quem irá entrar no novo ano como líder.
    Analisando rapidamente a jornada anterior, Kevin De Bruyne foi o rei dos pontos (16), fruto de 1 golo e 2 assistências. Mais uma grande actuação do belga num jogo em casa. Na goleada dos saints ao Arsenal, os defesas José Fonte e Cuco Martina (que golo!) e o irlandês Shane Long foram os destaques, numa jornada em que Kane e Diego Costa bisaram. O Leicester ficou em branco pela primeira vez esta época (nem Mahrez nem Vardy na ficha de jogo, por conseguinte) e Butland reforçou o estatuto de melhor GR desta edição, numa vitória do Stoke diante do Manchester United com golos de Bojan e Arnautovic.
(Podem-se juntar à Liga Barba Por Fazer: Código - 114493-481221)

Nesta 19.ª jornada, atenção a:

Olivier Giroud - Arsenal - 9.1
    O triste destino do Arsenal de Wenger repete-se. Quando os gunners têm oportunidade de se isolar em 1.º lugar, em vésperas de terem dois jogos acessíveis em casa, desperdiçam-na. Contra o Southampton, o Arsenal não esteve em campo e, por isso mesmo, os jogadores quererão redimir-se diante do Bournemouth.
    Sendo certo que Wenger pode fazer alguma rotação (colocar Chamberlain titular, trocar um dos centrais por Gabriel, por exemplo), o deslize obriga os gunners a irem com tudo contra uma equipa que joga sempre bom futebol e que tem alma para dar e vender. O Bournemouth tem melhorado defensivamente (nos últimos 4 jogos sofreu apenas dois golos, conquistando 10 pontos em 12 possíveis; e não perde desde a jornada 12). No entanto, se o Arsenal conseguir apresentar em campo a sua fluidez e qualidade na troca de bola e interligação entre sectores, é forte candidato a quebrar esta série. Özil, Ramsey e Walcott (caso joguem todos) são excelentes opções, e o francês Giroud pode beneficiar com aquilo que pode ser apenas um pormenor - o Bournemouth deu-se pessimamente com Kane, com Bony, com Pellè e com Lukaku. As características de Giroud não se afastam muito das destes jogadores de um modo geral.    
     

Nathan Redmond - Norwich City - 5.3
    Não morremos de amores pelo Norwich de Alex Neil, mas o que é certo é que a equipa verde e amarela de Carrow Road está acima da zona de despromoção, e poderá passar o ano com alguma tranquilidade caso vença o lanterna vermelha Aston Villa. Mantemos o nosso prognóstico inicial de que os principais candidatos à descida são Aston Villa, Sunderland e Norwich - torcemos basicamente para que o Bournemouth não desça, e acreditamos que o Newcastle tem o suficiente para se aguentar.
    Posto isto, se há equipa realmente fraca nesta Premier League 15/ 16, essa equipa é o Aston Villa (8 míseros pontos em 18 jogos). A equipa anteriormente orientada por Sherwood e comandada agora por Remi Garde tem diversos problemas e, depois da vitória na primeira jornada, nunca mais conseguiu ganhar. Esperamos que essa tendência continue e que o Norwich consiga conquistar 3 pontos. Elementos como Cameron Jerome, Hoolahan e Brady poderão ser fundamentais amanhã, mas apostamos forte no extremo inglês Nathan Redmond. Pode ser o dia dele.    


Kevin De Bruyne - Manchester City - 10.8
    O belga, um dos eventuais candidatos a MVP da Premier League no final da época (embora a meio da época não esteja no nosso Top-6) chegou na última jornada aos 90 pontos, mesmo tendo 4 jornadas a menos do que a maioria dos colegas de campeonato.
    De Bruyne, jogador com mais pontos na jornada passada, tem sido substancialmente mais determinante no Etihad do que fora. Longe dos seus adeptos tem apenas 1 golo (na derrota por 4-1 em White Hart Lane), enquanto que em casa já repetiu por 3 vezes a fórmula "1 golo e 2 assistências" contra Newcastle, Southampton e Sunderland.
    O Leicester City-Manchester City é um teste de fogo para os citizens. Caso ganhem igualam o Leicester em pontos, ultrapassando-o graças à diferença de golos. É hora de ver se o City tem o que é preciso para ser campeão e se o conjunto de grandes nomes (Agüero, Silva, De Bruyne, Sterling, Yaya) consegue ser uma equipa. E é hora de Kevin De Bruyne fazer pontos como visitante. Atenção a Pellegrini, se há jogo em que deveria apresentar a sua melhor equipa era este, mas veremos o que faz.    


Odion Ighalo - Watford - 6.1
    Nos avançados, Jamie Vardy tem centrado em si as maiores atenções, mas pé ante pé o nigeriano Ighalo já está a apenas 2 pontos do inglês (122 versus 124 pts).
    Depois do líder Leicester, o Watford de Quique Flores está a ser a equipa-sensação seguinte. Acabado de vir do Championship, nunca duvidámos da capacidade ofensiva conferida por Deeney e Ighalo, mas surpreende-nos a resiliência e maturidade competitiva apresentada no momento defensivo. Num impressionante 7.º lugar, os hornets defendem bem (em 4-4-2!) e têm revelado uma eficácia notável. E falar em golos é falar principalmente em Ighalo. Deeney contabiliza 6 golos e 6 assistências, beneficia de marcar as grandes penalidades e é o 5.º avançado com mais pontos, mas Ighalo é um perigo à solta. Oportunista, forte fisicamente e com instinto matador, pode marcar em qualquer campo, e está sempre à espreita do mínimo erro ou deslize dos adversários.
    Esta jornada há Watford-Tottenham, um confronto difícil uma vez que o Tottenham é a equipa com menos golos sofridos (14) em prova. Ainda assim, o desgaste de alguns elementos pode ajudar a "quebrar" o jogo e é importante ter em conta que Ighalo vem de 6 golos nos últimos cinco jogos. Ighalo, Kane e Deeney no mesmo terreno de jogo. Esperam-se golos...  


Scott Dann - Crystal Palace - 5.6
    Na jornada 18 houve um invulgar número de 8 equipas a conseguirem não sofrer golos. Stoke, Bournemouth, Crystal Palace, Liverpool, Tottenham, Swansea, Everton e Southampton acrescentaram uma clean sheet aos seus registos.
    Desta vez é uma incógnita quem conseguirá manter a sua baliza a zeros, mas o Crystal Palace de Alan Pardew é uma boa hipótese. Num honroso 5.º lugar, representativo da consistência apresentada nesta primeira volta, os jogadores do Palace quererão garantir que passam o ano num lugar europeu. O adversário desta jornada é o Swansea, uma das desilusões da época e uma equipa que ficou em branco por 5 ocasiões nos últimos oito jogos.
    O Crystal Palace defende bem, e nesse sentido o guardião Hennessey, os centrais Scott Dann e Delaney, e o lateral-direito Joel Ward são boas opções para esta ronda. Nota mais para Dann, número 2 nos defesas do Fantasy e um dos quatro melhores centrais desta BPL, que pode sempre ter impacto no ar num canto.



Outras Opções:
- Guarda-Redes: O super-Butland desloca-se a Goodison Park onde conseguir uma clean sheet seria um acto hercúleo. Courtois e De Gea medem forças em Old Trafford, e boas opções habituais como Lloris e Gomes têm avançados em forma pela frente.
    Por tudo isto, o checo Petr Cech (5.7) é a nossa opção prioritária da jornada, mesmo depois de "encaixar" 4 golos no Boxing Day. Não ter um elemento defensivo do Arsenal parece um erro. O galês Wayne Hennessey (4.1) surge a seguir, numa jornada em que também Rudd e Mignolet poderão ter uma pontuação simpática.

- Defesas: Nos destaques acima já incluímos Scott Dann, e o mais correcto é acrescentar defesas que apresentem um bom equilíbrio entre probabilidade de clean sheet e eventualidade de marcar/ assistir. Como sempre. Russell Martin (4.4) já marcou 3 golos nesta Premier League e defronta o último classificado num jogo importante para ambas as equipas, Alberto Moreno (5.0) é sempre um forte candidato a Bónus, e o Liverpool deve levar consigo a confiança de ter batido o Leicester (ou mantém-se o síndrome "papa-grandes", considerando já o Leicester um grande?) e acreditamos que, do Arsenal, Laurent Koscielny (6.0) e Héctor Bellerín (5.9) são jogadores a ter em conta. Wenger pode rodar na defesa, mas caso entre Gabriel é mais provável que saia Mertesacker, e caso haja alterações nos laterais, víamos mais facilmente Gibbs a entrar no onze do que Debuchy.
    Coleman, Joel Ward, Craig Dawson e van Dijk não devem ser ignorados, mas não parecem reunir tantos argumentos a seu favor.

- Médios: De Bruyne e Redmond seguem directos para o nosso 11 para esta jornada, acompanhados por opções que dispensam apresentações - Riyad Mahrez (7.1) e Mesut Özil (9.9). De resto, Wilfried Zaha (5.3) pode fazer de Bolasie na ausência do jogador congolês, Gerard Deulofeu (6.4) apresentar-se-á mais fresco depois de ter sido suplente utilizado no último jogo, num Everton-Stoke que antecipamos com muita curiosidade. Em relação ao M. United-Chelsea temos poucas expectativas, e deve ser inclusive o embate dos últimos anos entre red devils e blues do qual se espera menos futebol de qualidade, mas acreditamos que também Philippe Coutinho (8.5) e Sadio Mané (7.7), este último a beneficiar de um ataque mais móvel sem Pellè, possam despedir-se em grande de 2015.
    Para quem quiser fugir a ter Özil ou De Bruyne, tem os diferenciais Ramsey de um lado - porque entre Walcott e Chamberlain só deve jogar 1 - e Silva no City, mais até do que Yaya ou Sterling. Se Pellegrini quiser nivelar um pouco as coisas e "ajudar" o Leicester com uma péssima leitura dos acontecimentos, Navas será titular.

- Avançados: Giroud e Ighalo merecem ter ao seu nível Romelu Lukaku (9.3). Mesmo tendo interrompido a sua série imparável de jogos a marcar, o poderoso avançado belga marcou em 5 dos últimos seis jogos em casa, e o facto de ter pela frente o Stoke não é impeditivo de acreditar nele. Harry Kane, Deeney, Bojan, Christian Benteke (8.2) e Shane Long (5.7) completam a lista de avançados potencialmente interessantes nesta jornada, sem esquecer Jamie Vardy - torcemos para que esteja a 100%.


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11 (3-4-3): Cech; Dann, R. Martin, Moreno; De Bruyne, Redmond, Özil, Mahrez; Lukaku, Giroud, Ighalo

Atenção a (Clássico; Diferencial):
Crystal Palace v Swansea - Scott Dann; Wilfried Zaha
Everton v Stoke City - Romelu Lukaku; Bojan Krkic
Norwich v Aston Villa - Nathan Redmond; Jordan Ayew
Watford v Tottenham - Odion Ighalo; Christian Eriksen
West Brom v Newcastle - Georginio Wijnaldum; Craig Dawson
Arsenal v Bournemouth - Mesut Özil; Olivier Giroud
Manchester United v Chelsea - Willian; Branislav Ivanovic
West Ham v Southampton - Sadio Mané; Shane Long
Leicester City v Manchester City - Kevin De Bruyne; David Silva
Sunderland v Liverpool - Philippe Coutinho; Christian Benteke

100 Jogadores que podem marcar 2016 (51-100)


Há menos de um ano atrás, decorridos poucos dias de 2015, fizemos um pouco de futurologia e lançámos os nossos "100 Jogadores" que poderiam marcar o ano civil por diversas razões. Referimos André André e Hernâni antes das suas transferências para o Porto, os teenagers Anthony Martial e Patrick Roberts antes de darem o salto para os rivais de Manchester, Hazard antes de ser coroado MVP da Premier League, De Bruyne antes de ter similar reconhecimento na Bundesliga, Gonçalo Guedes antes de se tornar presença recorrente no 11 do Benfica, e mencionámos Jackson Martínez, Bony, Roberto Firmino, Schneiderlin, Baba Rahman, Amavi ou Depay antes destes passarem a vestir outra camisola. Giannelli Imbula, nosso número 4 em 2015, viria a assinar pelo Porto, uma surpresa, embora o franco-belga esteja tímido e longe de exibir o seu valor potencial.
    O ano de 2016 tem tudo para ser épico, a vários níveis. Há Euro-2016, há Copa América, há Jogos Olímpicos. Há tudo. A dança dos treinadores, bastante morna neste defeso, prevê-se agitada no ano que se avizinha: todos os clubes ingleses querem Guardiola, Mourinho está livre, Ancelotti vai treinar o Bayern; e, com tanta mudança, é lógico que o dinheiro circule em prol de muitas transferências. À cabeça 2016 parece ser o ano em que CR7 abandona o Real Madrid, o que poderá provocar um dominó de transferências de peso. Os vários certames internacionais terão ainda efeito na competitividade e rendimento dos craques - ninguém quer ficar de fora dos grandes torneios internacionais.
    Hoje revelamos a metade inferior da tabela, do centésimo ao 51.º jogador. Daqui a dois dias conhecerão o Top-50.


51. Breel Embolo (Basel) - Não é muito diferente em termos de potencial de Martial, podendo actuar igualmente como avançado ou extremo, e caso contribua activamente para uma boa campanha da Suiça, corre o risco de ser um dos candidatos a Melhor Jogador Jovem do Euro-2016. Diz a lógica que elementos como Martial, Sterling, Çalhanoglu ou Kovacic, entre outros, também acabem envolvidos nessa discussão.

52. Dimitri Payet (West Ham) - Até se lesionar estava a ser um dos principais destaques da liga inglesa. O West Ham desespera pelo seu regresso, e muito crescerá quando voltar a contar com o seu talismã. Em terras de Sua Majestade, poucos jogadores dão tanto gozo ver jogar como Payet - faz tudo bem, nos momentos certos. A juntar à continuação do seu concerto em Londres, podem apostar que será uma das cartadas de Deschamps para lançar no decorrer dos jogos do Europeu.

53. Marc-André Ter Stegen (Barcelona) - É bom demais para ser suplente. A lógica diz que assumirá nova baliza no novo ano.

54. Sofiane Boufal (Lille) - O impacto de jogadores como Mahrez e Payet na actual BPL originará a tendência de encontrar um jogador semelhante. O Lille tem um - técnica, classe, espectáculo. Joga muito.

55. Adam Masina (Bologna) - Em Itália, Masina tem emergido como um dos mais entusiasmantes laterais esquerdos. Itália ou Marrocos? Uma decisão para ser tomada em breve.

56. Islam Slimani (Sporting) - Pode contestar-se o comportamento antidesportivo, mas não se pode apontar o dedo à raça e competitividade do intocável de Jorge Jesus. No fim da época deverá andar pelos lugares cimeiros na lista de melhores marcadores.

57. Nélson Semedo (Benfica) - Regressa de lesão no início de 2016 e, em conjunto com o também ainda lesionado Salvio, promete fazer disparar o rendimento da asa direita dos encarnados. Dará uma boa dúvida a Fernando Santos: escolher à partida dois entre Vieirinha, Cédric, Semedo, Bosingwa e Cancelo.

58. Gianluigi Donnarumma (AC Milan) - Com dezasseis anos é dono da baliza do colosso milanês. Está explicado o impacto do menino precoce que, com 1,96m, aspira a ser como Buffon.

59. João Cancelo (Valência) - Se Gary Neville for tão inteligente a treinar como nas suas análises na Sky Sports, Cancelo pode explodir em 2016... como extremo direito.

60. João Carvalho (Benfica) - Se na edição passada dissemos que seria o ano em que Gonçalo Guedes subia à primeira equipa, fazemos o mesmo desta vez mas com o maestro João Carvalho. Destinado a pautar o jogo do Benfica, actuando como 3.º médio, acabará por ter os seus primeiros minutos em 2016. Para além dele, também é credível que Diogo Gonçalves tenha a sua oportunidade, algo que ganhou ainda mais força com a lesão de Nuno Santos.

61. Gerard Deulofeu (Everton) - Bendita a hora em que Deulofeu regressou a Goodison Park a título definitivo. Ao longo de 2016 promete continuar a crescer, desconcertante e imparável no 1 para 1, sempre de olhos postos em Lukaku.

62. Matthias Ginter (Borussia Dortmund) - Chegou em boa altura a adaptação de Ginter a lateral-direito. Será ele o titular da Mannschaft na posição?

63. Chicharito (Bayer Leverkusen) - É bom ver Javier "Chicharito" Hernández a renascer em Leverkusen. O trio Aubameyang, Lewandowski e Müller divide o favoritismo para a Bota de Prata, mas cuidado com o mexicano endiabrado.

64. Pione Sisto (Midtjylland) - Ninguém duvida do potencial absurdo do diamante dinamarquês. Sisto precisa de ser sujeito a um ambiente (campeonato) e a um clube doutra exigência rapidamente. A escolha do clube - preferencialmente um clube médio onde possa ser titular no imediato - ditará a sua evolução.

65. Odion Ighalo (Watford) - É difícil Ighalo ter um 2016 melhor do que aquele que foi o melhor ano da sua carreira, mas nunca se sabe. Está a ser uma das sensações da Premier League e, com 26 anos, está perto do pico de forma da carreira.

66. Federico Bernardeschi (Fiorentina) - Aos 21 anos, o 10 da Fiorentina poderá afirmar-se por completo sob a orientação de Paulo Sousa.

67. André Silva (Porto) - A II Liga é um passeio para um jogador que, sem exageros e jogando no nível certo, poderia ser escolhido entre os 23 lusitanos para França. É obrigatório o Porto decidir: ou faz dele o 2.º avançado na hierarquia, ou opta por emprestá-lo a outra equipa da Liga NOS.

68. Jack Butland (Stoke City) - O melhor guarda-redes da Premier League 15/ 16 até ao momento. Joe Hart que tenha cuidado, porque Butland começa a merecer a titularidade da Selecção.

69. Matheus Pereira (Sporting) - Jesus parece gostar e acreditar nele. O perfume do seu futebol é bom de ver e, embora Gelson Martins tenha futuro, temos maiores expectativas para Matheus, ainda por decidir entre representar o Brasil ou Portugal.

70. Charlie Austin (QPR) - Acaba contrato em Junho, e o QPR pode procurar fazer dinheiro com ele em Janeiro, até porque há variadíssimos clubes ingleses que esfregariam as mãos de contentes ao terem um avançado como Austin (18 golos na Premier League 2014/ 15).

71. Leander Dendoncker (Anderlecht) - Todo o mundo já está atento a Praet e a Tielemans, mas os tubarões despertarão nos próximos tempos em relação ao médio defensivo.

72. Maxwel Cornet (Olymp. Lyon) - O Lyon pescou cedo este francês de origem costa-marfinense no Metz. É mais uma de tantas promessas emergentes do futebol francês.

73. Iñaki Williams (Athletic Bilbao) - A nova coqueluche do futebol basco deu este ano os primeiros sinais a sério de que é jogador. 2016 é ano de explodir.

74. Luka Jovic (Estrela Vermelha) - Já foi sucessivamente associado ao clube da Luz, e muito ganharia o futuro do ataque encarnado com ele. Aos 18 anos já é muito mais jogador do que a esmagadora maioria dos atletas com a sua idade.

75. Louis Schaub (Rapid Viena) - Com um pé esquerdo predestinado, o austríaco - ainda sem internacionalizações A - pode ser um jóker interessante nos convocados do seu país. E é o protótipo de jogador que atrai clubes da Bundesliga.

76. Alexandre Pato (São Paulo) - É este ano que a carreira de Pato reentra nos eixos? Com 26 anos, ainda vai a tempo de ter sucesso no futebol europeu.

77. Carlos (Atlético Mineiro) - Entusiasmante, explosivo e bom finalizador. Não tem nome de craque mas tem toque de bola. Pode estar aqui qualquer coisa especial. 

78. Naby Keita (Red Bull Salzburgo) - O clube que nos últimos anos viu saírem Mané e Kampl tem agora no guineense Naby Keita a sua next big thing. Um médio-centro claramente talhado para voos mais altos.

79. Marco Asensio (Espanyol) - Destaque em conjunto com Ceballos no último Euro Sub-19, o médio (emprestado pelo Real Madrid) tem utilizado positivamente o período em Barcelona. Que continue a sua evolução, assistindo sem pedir licença.

80. Lucas Lima (Santos) - Esteve próximo do Dragão, mas permaneceu no Peixe. É difícil o Santos prolongar a estadia do frenético médio-de-ligação/ médio ofensivo. Tal como ele, também Malcom (Corinthians) parece pronto para chegar à Europa. E quem sabe se não usam o futebol português como porta de entrada.

81. Oumar Niasse (Lokomotiv Moscovo) - Massacrou o Sporting com a sua velocidade e energia, e é uma autêntica pérola. O tipo de avançado que tanto os clubes britânicos como turcos gostam.

82. Alex Grimaldo (Barcelona B) - Tudo parece estar encaminhado para o jovem formado em La Masia ser o novo dono da posição actualmente ocupada por Eliseu no Benfica. Uma transferência que peca por tardia, mas que parece acertada.

83. Diogo Jota (Paços Ferreira) - O fora-de-série do Paços tem mais do que valor para estar num grande. O clube treinado por Jorge Simão deve fazer-se difícil na venda, e veremos se Porto, Benfica e Sporting não adormecem, deixando escapar Jota para o estrangeiro.

84. Yunus Malli (Mainz) - O 10 do Mainz tem números à Reus nesta Bundesliga, e se na Alemanha continuará a carregar o clube na luta pela Europa, pela Turquia poderá ser um coelho para Fatih Terim tirar da cartola quando bem entender.

85. Hatem Ben Arfa (Nice) - O bad boy difícil de domar parece estar a ganhar juízo e a conseguir apresentar-se regularmente a um nível alto no Nice. Veremos se consegue manter-se todo o ano assim, um pouco à imagem de Marko Arnautovic no Stoke City.

86. Kamil Grosicki (Rennes) - Comandada por Lewandowski, a selecção polaca pode ser um dos outsiders do Euro-2016. Esperam-se golos do avançado do Bayern e do colega de ataque Milik, mas podem acreditar que a cotação de Grosicki, abaixo da notoriedade de elementos como Krychowiak ou Glik, subirá no europeu de França. 

87. Oussama Tannane (Heracles) - O marroquino Tannane tem um pouco de Shaqiri, um pouco de Quaresma e um pouco de Hulk. Um extremo-direito pouco conhecido mas bom demais para o Heracles.

88. Juan Iturbe (Roma) - A Roma parece preparar-se para vender ou emprestar o argentino ao Bournemouth. O potente e desconcertante Iturbe parece ser "material de Premier League", e senhor para ajudar os cherries a garantirem a manutenção.

89. Ante Coric (Dínamo Zagreb) | Andrija Balic (Hajduk Split) - No país de Modric, Kovacic e Halilovic, os prodígios Coric e Balic estão à mão de semear. Quem os agarra?

90. Bartlomiej Dragowski (Jagiellonia) - Há 1 ano patrocinámos o sérvio Rajkovic. Na edição deste ano apadrinhamos o polaco Dragowski, um dos guardiões jovens com maior potencial no futebol europeu. Embora haja Szczesny, Fabianski e Boruc, pode acontecer que o seleccionador polaco leve o rapaz de 18 anos do Jagiellonia como 3.º guarda-redes ao Euro-2016.

91. Giacomo Bonaventura (AC Milan) - Passa despercebido mas é fundamental no histórico de Milão. Sonhar com uma presença na convocatória para o Europeu não é irrealista.

92. Nick Blackman (Reading) - Um jogador descoberto por um amigo nosso no clube actual de Ola John, Blackman parece pronto para se exibir no principal escalão do futebol inglês. Seja no Reading, ou num clube que se apaixone por ele.

93. Wahbi Khazri (Bordéus) - Não é Payet, nem Boufal, mas o tunisino Kahzri - um mestre nas bolas paradas - pode valorizar-se com o "síndrome Mahrez".

94. Rafik Zekhnini (Odd) - Quem o viu jogar contra o Dortmund no acesso à Liga Europa sabe que o jovem craque norueguês respira futebol por todos os lados. A carreira do miúdo de 17 anos poderá ter uma etapa decisiva em 2016, caso abandone o país natal rumo a um campeonato capaz de puxar pelo seu talento puro.

95. Kevin Diks (Vitesse) - Muitos laterais holandeses têm-se revelado promessas falhadas, incapazes de viver ao nível do hype criado. Diks teve um bom ano, mas precisa de provar que consegue manter o nível.

96. Diego Fagúndez (New England Revolution) - O uruguaio é um dos melhores jovens na MLS, na qual já se tornou o mais jovem de sempre a chegar aos 100 jogos. Técnica não lhe falta, resta saber a que patamar quer verdadeiramente chegar.

97. Sébastien Haller (Utrecht) - Haller, te Vrede e Vincent Janssen são alguns dos avançados da moda na Holanda, todos eles pouco cotados. Mas, entre eles, o francês Haller - desperdiçado pelo Auxerre - tem um je ne sais quoi especial.

98. Hélder Lopes (Paços Ferreira) - O lateral-esquerdo do clube da Mata Real é um dos mais consistentes da Liga NOS, destacando-se não só pela profundidade que dá mas principalmente no capítulo defensivo. Acaba contrato em Junho, e interessados não faltarão.

99. Suk (Vit. Setúbal) - O Vitória de Setúbal, a equipa mais acima das expectativas neste campeonato português, vai sofrer alterações em Janeiro. O bom rendimento de figuras como André Claro ou Nuno Pinto deve ser o suficiente para darem o salto. A carreira do sul-coreano Suk pode mudar no novo ano, dando sequência a esta segunda metade de 2015 recheada de grandes golos.

100. José Gomes | João Filipe (Benfica) - Têm ambos 16 anos, mas já jogam nos júniores. Não será chocante que no decorrer de 2016 tenham minutos pelo Benfica B, ou até mesmo pela equipa principal. O segundo é o modelo perfeito do extremo excitante português, e o ponta de lança José Gomes é um diamante, uma espécie única no futebol nacional.